terça-feira, 5 de julho de 2011

contando historias entre fios

                                               

Poema Colcha de retalhos

                                                                                    
Recordar é sempre uma viagem
Para longe ou para perto
Não se sabe o que foi errado
Nem o que foi certo


Cada corte, cada costura
Lembram-me uma bela frase que diz
Seja forte, tenha postura
Escrita no quadro negro com giz


Sou memória, sou passado
Sou um pequeno aprendiz
Cada retalho significa
Que em algum momento, fui e sou feliz


A agulha procura desesperadamente pela linha
Que insiste em dizer que pode tecer sozinha
Assim como eu procuro desesperadamente me encontrar
Na beira do rio, à luz do luar


Vou tecendo bem devagar
Vou costurando sem parar
Minha colcha não é linear
Mas vou conseguindo me achar


Tecendo, tecendo, vou caminhando
Caminhando contra ou a favor do vento e do tempo
Profundas memórias restarão em mim
Que me seguirão até o fim.
 Autora  Cíntia Cabral 
  

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